Pesquisa Modal/Futura divulgada nesta quinta-feira (8) mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) na frente do ex-presidente Lula (PT).
Redução da inflação puxada pelos combustíveis e energia, melhoria da economia, queda do desemprego e benefícios sociais turbinados estão entre as coisas apontadas para o crescimento de Bolsonaro. A efetividade da campanha de Lula tem sido má avaliada.
Entrevistei José Luiz Orrico, responsável técnico pelo levantamento.
O que mostrou o levantamento
Cenário estimulado, em que é apresentada uma lista de candidatos:
Jair Bolsonaro (PL): 41,8%
Lula (PT): 35,7%
Ciro Gomes (PDT): 7,7%
Simone Tebet (MDB): 5,4%
Soraya Thronicke (União Brasil): 0,7%
Pablo Marçal (PROS): 0,5%
Felipe d’Ávila (Novo): 0,2%
Léo Péricles (União Popular): 0,2%
Sofia Manzano (PCB): 0,2%
Vera (PSTU): 0,2%
Constituinte Eymael (Democracia Cristã): 0,1%
Não sabe/não respondeu/indeciso: 4,1%
Branco/nulo: 3,2%
Se os candidatos fossem apenas Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), o atual presidente também lideraria as intenções de voto:
Jair Bolsonaro (PL): 41,9%
Lula (PT): 35,4%
Ciro Gomes (PDT): 9,8%
Simone Tebet (MDB): 6,6%
Não sabe/não respondeu/indeciso: 2,8%
Branco/nulo: 3,5%
No cenário espontâneo, em que não é apresentada lista de candidatos ao eleitor, há empate técnico entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT):
Jair Bolsonaro (PL): 41,2%
Lula (PT): 36,9%
Ciro Gomes (PDT): 5,4%
Simone Tebet (MDB): 2,8%
Pablo Marçal (PROS): 0,5%
Soraya Thronicke (União Brasil): 0,4%
Felipe d’Ávila (Novo): 0,1%
Léo Péricles (União Popular): 0,1%
Sofia Manzano (PCB): 0,1%
Vera (PSTU): 0,0%
Outro: 0,1%
Não sabe/não respondeu/indeciso: 9%
Branco/nulo: 3,5%
Segundo turno
Em uma simulação de segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), há empate técnico. Veja:
Jair Bolsonaro (PL): 45,9%
Lula (PT): 44,7%
Não sabe/não respondeu/indeciso: 2,2%
Branco/nulo: 7,2%
Ainda de acordo com o levantamento, Lula lidera o índice de rejeição com 42%, com Bolsonaro com 38,7% de rejeição, que é um indicador importante para o segundo turno.
Análise da pesquisa
Na opinião de José Luiz Orrico, os números mostram problemas da campanha de Lula. “Apesar da memória popular ser de um Governo Lula bem avaliado, a campanha tem sido problemática. Lula não está na rua direito. Faz poucos comícios e participa mais de eventos fechados, não está se expondo tanto”, avalia.
“A percepção de Lula é de que poderá vencer a eleição fácil. Então a campanha não está moderando o discurso e optando por falar preferencialmente para convertidos, o que é um erro estratégico”, afirma Orrico.
Enquanto isso, Bolsonaro “aparece em tudo que é lugar”. “A agenda da eleição está pautada pelo atual presidente, que demonstra uma capacidade impressionante. Parece estar jogando sozinho. Os outros candidatos gastam energia respondendo e criticando Bolsonaro ao invés de apresentarem a agenda e propostas de cada um”, explica. Um exemplo disso é que a preocupação com combate à corrupção aumentou de forma significativa nos últimos levantamentos, um discurso que Bolsonaro deve aproveitar ainda mais.
“Lula, por exemplo, poderia pautar a agenda do combate à fome, que é a principal preocupação do eleitorado, mas não tem aproveitado a oportunidade”, exemplifica. “Teremos uma campanha nos últimos 15 dias do primeiro turno muito pesada em que muita coisa estará em jogo”, conclui o pesquisador.
A Futura é uma empresa de pesquisas e dados capixaba com mais de 30 anos de atuação. O levantamento, encomendado pelo Banco Modal, ouviu 2.000 eleitores do país por telefone entre os dias 5 e 6 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-02618/2022.
Vídeo complementar
Vídeo que gravei em meu canal no YouTube no início de agosto sobre as tendências das pesquisas para a disputa presidencial.